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Valor Econômico destaca investimento de US$ 50 milhões da WND Brasil

Valor Econômico destaca investimento de US$ 50 milhões da WND Brasil

O jornal Valor Econômico, o mais importante veiculo de economia do país, destacou em sua edição de 29 de agosto, o investimento que a WND Brasil está fazendo para implantar no país uma rede pública e nacional dedicada à Internet das Coisas. A reportagem é pela jornalista Ivone Santana e destaque o início da operação comercial da rede que está sendo implantada com investimentos de US$ 50 milhões em três anos. Veja abaixo, a transcrição da reportagem do Valor Econômico.

WND planeja investir US$ 50 milhões em rede de internet das coisas no país

As projeções que indicam bilhões de aparelhos conectados e se comunicando por internet em todo o mundo estão impulsionando a construção de redes no Brasil. O grupo inglês WND, por meio de sua subsidiária WND Brasil, marcou para setembro o lançamento comercial de sua rede nacional de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). A operadora Datora Telecom também está construindo uma rede sem fio exclusivamente para comunicação entre máquinas (M2M) e IoT, prevista para operar em 2018.

As duas redes são públicas, baseadas na tecnologia LPWA (Low Power Wide Area), operam com uma estação de comunicação, antena e cabo, não precisam comprar frequência e usam a banda livre na faixa de 900 megahertz. Mas ambas mantêm diferenças entre si. A WND tem licença para uso da tecnologia da startup francesa SigFox, enquanto a Datora é parceira da americana Ingenu, com a tecnologia RPMA (Random Phase Multiple Access), que é bidirecional.

Um estudo do Gartner indica 8,3 bilhões de coisas conectadas e se comunicando por internet em todo o mundo neste ano e 20,4 bilhões, em 2020.

A demanda no país é basicamente para rastreamento em logística, transporte e agronegócios, diz Alexandre Reis, diretor de operações e sócio do Grupo WND e da unidade brasileira. Já a Datora destaca o monitoramento de florestas, para controlar o desmatamento, a vida selvagem, fronteiras e fazendas. Daniel Tibor Fuchs, diretor de inovação da Datora, disse que o sistema de sua empresa será usado também para garantir a integridade de cabos em linhas de transmissão. Se houver falhas, sensores e câmeras de infravermelho transmitirão os dados. Hoje, isso é verificado com o sobrevoo de helicópteros.

A rede da WND Brasil já cobre uma área habitada por 30% da população. A empresa programou investimento de US$ 50 milhões no país em três anos. A unidade responde à holding que tem operações em vários países. Na América Latina, tem unidades na Colômbia, Argentina e no México. Nos planos da holding estão aportes em torno de US$ 35 milhões para levar a infraestrutura para Costa Rica, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai. Para isso, a empresa vai buscar investidores.

“Já estamos assinando acordos comerciais com desenvolvedores”, disse Reis. A SigFox faz alianças com operadores por região. Seu acordo com o Grupo WND abrange o Reino Unido e a América Latina. Apesar de ainda ser uma startup, a empresa francesa já levantou fundos equivalentes a € 300 milhões. Entre seus acionistas estão a operadora espanhola Telefónica, a coreana SK Telecom e a japonesa NTT DoCoMo.

Segundo Reis, estudos mostram que os atuais modelos de conexão para IoT no mundo são planejados com base em megabytes e que o melhor caso de custo por dispositivo é de US$ 2 a US$ 3 por mês, o que torna o serviço inviável. Na SigFox, o modelo é por byte, a US$ 1 por dispositivo por ano.

“A SigFox decidiu ir na contramão do mercado de alta capacidade e foi para baixa capacidade. Usa menos frequência, banda livre e não cobra royalties pelo chip. Isso leva a um serviço de baixo custo”, disse Reis. “Somos ‘dumb pipe’ [rede usada só para transferir bytes entre o dispositivo e a internet], só vendemos conectividade para desenvolvedores de IoT.”

A WND já instalou 400 estações no país, com previsão de chegar a 700 até o fim de outubro. A cobertura nacional requer 5 mil estações, disse o executivo.

O cronograma de implantação da rede da Datora está atrasado, pois só em meados de agosto os equipamentos foram homologados pela Anatel, disse Fuchs. Agora começa o teste piloto e, em seis meses, deverá operar em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Fortaleza e interior da Bahia.

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